domingo, 24 de abril de 2011

Betoneira Absurda

Descobri esta máquina absurda!
Estava abandonada pois a sua função à data do seu nascimento era desnecessária e ninguém soube reconhecer qualquer tipo de potencialidade neste objecto que nasceu de um erro.
Com o tempo deixou de funcionar e ninguém conseguiu reconstitui-la, e em breve fará parte dos elementos que a rodeiam. Levei tempo a perceber qual a sua função, mas o interior do enorme tambor giratório de metal revelou o absurdo. Pela abertura deste tambor encravado pela erosão, vertia terra fértil como se betão fosse, esta máquina única fazia exactamente o oposto para que foi construída, tinha a capacidade de transformar betão em todo o tipo de solo, pedra ou até mesmo vegetação.
Como à altura a necessidade de construção era bastante maior que a necessidade de replantar ou ter solo fértil foi abandonada e caiu no esquecimento.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Todos os dias escolho a mesma roupa.


Podia vesti-la de outra forma, usa-la de outro modo, mas o que está dentro do corpo limita, com medo que esta se rasgue.
O esforço é grande para disfarçar os vincos e nódoas, há que saber vestir a entropia da pele.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010